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Cultura Pop A Rigor na Colab55

Review - Kamen Rider V3 (1973)

Segunda série Kamen Rider é repetitiva



Kamen Rider V3


Kamen Raidā Buisuri, 1973-1974

Criadores: Shotaro Ishinomori, Toei Company












Elenco: Hiroshi Miyauchi, Akiji Kobayashi, Hizuru Ono, Jōtarō Senba e  Gorō Naya











Sinopse:

Shiro Kazami testemunha um assassinato por Destron, uma nova organização criada a partir da Gel-Shocker, inimigos do primeiro Kamen Rider. Os vilões matam a família de Shiro e o deixam ferido. Com isso, Takeshi Hongo e Hayato Ichimonji, os Kamen Riders, o transformem também em um Kamen Rider.

Cotação: 






Após finalizar Kamen Rider (1971), embarquei na série seguinte, a continuação direta Kamen Rider V3 (1973). Esta série possui um grande apelo para os fãs dos tokusatsu exibidos na saudosa Rede Manchete devido ao fato de o ator Hiroshi Miyauchi interpretar o protagonista Shiro Kazami. Miyauchi ficou conhecido aqui por seu papel como o chefe Massaki dos esquadrões Winspector (1990) e Solbrain (1991), que foram exibidos no Brasil durante os anos 90.



O primeiro episódio de V3 é bastante promissor. Kazami, um motociclista amigo de Takeshi Hongo, o primeiro Kamen Rider, testemunha um assassinato e é perseguido pelos agentes da organização Destron, que se assemelha muito à Shocker e Gel-Shocker da série anterior. Logo, o monstro Jaguar Tesoura mata os pais e a irmã de Kazami na frente dele. Ao contrário dos dois primeiros Riders, Kazami não é transformado em Rider pelos vilões, mas sim pelos seus próprios antecessores, depois de ser mortalmente ferido pela Destron. Após Rider 1 e 2 se sacrificarem para deter os planos da Destron (embora deixando claro que não morreram de fato e "estão por aí"), V3 se torna a única esperança da humanidade. 



Embora o primeiro episódio de Kamen Rider V3 tenha alguns bons momentos, a série nunca chega a empolgar nos episódios seguintes. Tem os mesmos problemas da segunda metade do Kamen Rider original, com tramas repetitivas que não desenvolvem os personagens, e ainda sofre pela falta de coadjuvantes carismáticos, com exceção do velho Tobei Tachibana (Akiji Kobayashi), que retorna como mentor do novo herói. A série segue de forma modorrenta, sem inspiração.

Somente no episódio 43, quando a série já está próxima do fim, os roteiristas tentam agitar as coisas com a chegada de Yuki Joji, o Riderman. Joji era um cientista da Destron que acreditava que a organização era do bem (?!) até que é quase morto por causa da inveja de um dos comandantes do grupo. Após passar por uma operação e se tornar o Riderman, Joji, apesar de buscar vingança, não se alia imediatamente a V3 e ainda mantém a fé de que o comandante geral da Destron é gente boa. Essa burrice do personagem não me deixou simpatizar com ele e Riderman não impede a série de continuar sendo óbvia até o seu desfecho, que pelo menos faz rir. 


Os roteiristas tentam criar interesse com a revelação da identidade secreta do vilão. O problema é que não há na trama nenhum personagem que pudesse tornar essa revelação surpreendente (a menos que fosse o Tobei Tachibana, risos), e quando ela finalmente acontece, ele é um... esqueleto?! É como o fechamento com uma pá de cal de um seriado que se contentou apenas em reprisar uma fórmula. Isso funcionou, visto que outras séries de Riders vieram em seguida sem pausa até 1980. As crianças japonesas realmente gostam muito de insetos.





Confesso que fiquei  bastante decepcionado com os precursores dos Riders. Achei as séries bem inferiores em termos de tramas em comparação com outras do mesmo período. É evidente o carisma de Miyauchi, mas ele está mais a vontade em séries posteriores como Gorenger e Zubat. Por isso, até decidi pular o próximo Kamen Rider, o X, e seguir direto para o Kamen Rider Amazon, que me chamou a atenção pelo visual e comportamento bestial, além de ser uma série mais curtinha.


author

Marc Tinoco

Cinema, música, tokusatsu e assuntos aleatórios, não necessariamente nessa ordem



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