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Cultura Pop A Rigor na Colab55

Review - Batman e Robin (1949)

Batman e Robin

Direção: Spencer Gordon Bennet
Elenco: Robert Lowery, Johnny Duncan, Lyle Talbot, Jane Adams.
EUA, 1949

seriado do batman

Batman e Robin foi o segundo seriado para cinema com o morcego. Alguns elementos até fazem seus 15 episódios em preto e branco serem ligeiramente mais divertidos de acompanhar do que os 15 do seriado anterior de 1943, mas, isso não quer dizer muita coisa, né?

Batman e Robin (1949)

Nada de vilão “japonês” com vozinha irritante dessa vez. Com o fim da Segunda Grande Guerra, não temos mais espaço para elementos racistas. Batman e Robin não são mais agentes de governo e voltam a ser apenas os vigilantes que conhecemos dos quadrinhos. O comissário Gordon aparece aqui, assim como a repórter Vicki Vale. Alfred é apenas mordomo e não dirige mais para a dupla dinâmica que continua guiando o mesmo carro de Bruce Wayne pois produção pobre, sem grana para fazer um batmóvel.

Batman e Robin (1949)

O vilão da vez é um tal de Mago. Não, ele não é um feiticeiro, mas apenas um sujeito vestido com uma roupa de luta livre, tal qual o encapuzado de Watchmen do Alan Moore (perdão, O Escritor Original). O Mago lidera uma quadrilha que rouba um aparelho capaz de fazer qualquer coisa que o roteiro necessitar. Batman e Robin são designados para impedir os planos do vilão e a partir dai temos uma sucessão de acontecimentos, as vezes sem muito nexo, que vai da morte de um falso Batman ao vilão adquirindo capacidade de ficar invisível. O Mago ainda tem uma identidade secreta que só será revelada no episódio final, de forma bisonha. Uma revelação digna de novela mexicana ainda por cima.


Batman e Robin (1949) vilão

Essa segunda aventura em live action do cruzado de capa perde para a anterior no quesito vestuário. Não que os uniformes daquele seriado fossem maravilhosos, mas aqui a coisa é muito lamentável. O defunto que vestia o uniforme do Batman era maior que o ator Robert Lowery e as orelhas de morcego parecem mais chifrinhos de diabo de desenho animado. O Robin de Johnny Duncan é fortinho demais e não convence muito com a mascara ridícula de baile de carnaval.

Batman e Robin (1949)

A ação ainda é fraca, mas esse Batman apanha menos que o anterior. Ainda assim ele quase não usa suas traquitanas. Temos um bat-sinal que fica na sala do comissário Gordon e ele usa de dia pois raramente tem noite nessa Gotham City. Batman outra vez não briga em becos, vielas pois os bandidos preferem a área rural da cidade. O Mago, como é comum nesses seriados, fica na maior parte do tempo em seu esconderijo mexendo na maquininha e mandando seus capangas executarem seus planos mirabolantes, mas a ineficiência desses é tanta que ele mais tarde começa a atuar pessoalmente nas missões.

Batman e Robin (1949)

Batman e Robin começa a se perder tanto que nada parece fazer mais sentido em seu roteiro, conforme avançam os capítulos. Temos, por exemplo, um personagem cadeirante que esconde poder andar, mas que nos últimos capítulos o faz na frente de todo mundo e ninguém diz nada. Será que dormi em algum momento e ele revelou que foi curado por algum pastor da televisão? Batman e Robin é isso. Um seriado B feito com troco da pinga que vale pelo humor involuntário, porém sem o carisma do elenco da série do Superman, que também é comandada pelo diretor Bennet.

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