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Cultura Pop A Rigor na Colab55

Review - Masha (2020)

 Masha

Direção: Anastasiya Palchikova
Elenco: Polina Gukhman, Maksim Sukhanov, Anna Chipovskaya, Polina Gukhman, Aleksandr Mizev.
Russia, 2020


Atualmente sendo exibido no Festival de Cinema Russo no Brasil, o Masha acompanha a personagem-título (Polina Gukhman), uma menina de 13 anos que sonha em ser cantora e passa por episódios comuns a vida da maioria das adolescentes: a primeira menstruação, o primeiro namorado, o primeiro beijo. No entanto, esse coming of age se mistura a um filme de máfia, já que Masha é sobrinha de um gangster local (Maksim Sukhanov).

Masha convive desde pequena com o tio e seu bando, nas festas familiares e no clube de boxe que lhe serve de fachada. Sem compreender a natureza dos negócios do tio ou os perigos que a cercam, para a menina, armas são objetos cotidianos e os capangas, seus melhores amigos.


A passagem de Masha da juventude à vida adulta está conectada a enxergar seu tio como um todo, não apenas aquele fragmento do sujeito bem-humorado e carinhoso, que ele apresenta quando está com a sobrinha. Essa percepção começa a mudar, quando Masha se apaixona por um rapaz que, de inicio, não lhe dá muita atenção. Em um mal-entendido, os empregados do tio, que também agem como uma espécie de babás sem jeito, agridem e mandam o garoto para o hospital.


A partir daí, é como se a lente cor-de-rosa tivesse se partido. A medida que Masha vai amadurecendo, vai percebendo a violência a sua volta. Dessa forma, o filme mostra como a vivência nesse meio afeta o crescimento da jovem. Aliás, muito talentosa a atriz Polina Gukhman, que dá vida à Masha criança, muito bem tanto nas cenas da menina sonhadora e ingênua, como quando percebe o papel de seu tio em uma tragédia que abate a família. 


Vale destacar a montagem do filme e a direção de Anastasiya Palchikova que demonstra brilho em escolhas como iniciar o filme com Masha adulta (Anna Chipovskaya), aparentemente feliz, cantando em uma apresentação, para depois encerrá-lo na mesma sequencia, mas agora sabemos que não se trata de um riso de alegria. Além disso, a fotografia é muito cuidadosa e abrilhanta o filme.



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DRI TINOCO

Apaixonada por música, cinema e gatinhos. 

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