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Cultura Pop A Rigor na Colab55

Review - Monster Hunter (2020)

Monster Hunter

Direção: Paul W. S. Anderson
Elenco: Milla Jovovich. Tony Jaa, Ron Perlman, T.I, Diego Boneta, Meagan Good, Nanda Costa
EUA, 2020


Não tem para Mulher-Maravilha, não tem para Capitã Marvel. A maior heroína do cinema de aventura dos últimos 20 anos se chama Milla Jovovich (mais se contarmos O Quinto Elemento). Milla protagonizava em 2002 o pequeno clássico Resident Evil: O Hóspede Maldito. Baseado em um famoso game, era também o inicio de uma feliz parceria com o futuro marido (se casariam em 2009), o diretor Paul W.S. Anderson. Foram seis filmes (quatro dirigidos por Anderson) com a franquia se encerrando belamente em 2016.

Agora, prestes a completar 20 anos do seu primeiro encontro cinematográfico, o casal retorna em mais um filme baseado em um jogo da Capcom, o petardo Monster Hunter. Milla interpreta a tenente Artemis. Ela e seus soldados são transportados para um estranho mundo habitado pelas mais variadas espécies de monstros. Lá, seu grupo é exterminado pelas criaturas e ela é a única sobrevivente. Ela então se une ao membro perdido de um grupo de matadores de monstros (Tony Jaa) para combater as feras e voltar ao seu mundo.



É sempre uma lindeza assistir Milla combatendo monstros (sejam kaijus como aqui ou zumbis vitaminados na série anterior). Ela sempre convence como guerreira, seja pulando na cabeça de um monstro gigante ou saindo na porrada com Tony Jaa (ah, a magia do cinema) em uma maravilhosa sequência de luta ao gosto dos quadrinhos da Marvel, onde dois heróis brigam por motivo algum para logo descobrirem que estão do mesmo lado. Um dia as heroínas de Milla ainda serão reconhecidas como as maiores representantes do girlpower no blockbuster americano. Um dia.



Mas falemos do maridão. Paul entrega um filme de humanos versus monstros que não sofre do mal da noite eterna. Sabe, aqueles longas que os monstros gigantes atacam só de noite para esconder efeitos especiais ruins? Os filmes recentes de Godzilla nos Estados Unidos sofrem desse mal. Você quer ver Rodan, Mothra e King Ghidorah e os caras não deixam! Os japoneses não estão nem ai pro zíper da roupa do bichão gigante aparecendo. Queremos ver o monstro. E Paul faz isso. Seus monstros aparecem de dia com toda a riqueza de detalhes. Coisa linda. Meu sonho agora é ver um Milla versos Godzilla depois desse filme que ele encara o macaquinho lá.



Paul também não se preocupa em aprofundar personagens por meio de conversas. Ele os faz interessantes a partir da ação, como em muitos filmes de Hong Kong. Os diálogos são escassos e pontuais. Visualmente, em tempos que os heróis brigam na penumbra, em meio a escombros em lugar nenhum, Monster Hunter é ainda um desbunde com seus protagonistas lutando em espaços bem localizados.

4.0/5.0



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MARC TINOCO

Cinema, música, tokusatsu e assuntos aleatórios não necessariamente nessa ordem. 


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