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Cultura Pop A Rigor na Colab55

Review - O Grande Hotel Budapeste (2014)

 O Grande Hotel Budapeste

The Grand Budapest Hotel
Direção: Wes Anderson
Elenco: Ralph Fiennes, Tony Revolori, F. Murray Abraham, Saoirse Ronan, Jude Law, Adrien Brody, Willem Dafoe, Jeff Goldblum, Harvey Keitel, Edward Norton, Tilda Swinton, Bill Murray, Jason Schwartzman, Léa Seydoux, Tom Wilkinson, Owen Wilson
EUA, 2014


Dirigido por Wes Anderson, O Grande Hotel Budapeste é mais um dos concorrentes ao Oscar de Melhor Filme neste ano. Com uma narrativa dentro da outra, o filme se inicia com uma moça, frente ao busto do “Autor” (Tom Wilkinson), lendo o livro em que ele narra quando, ainda jovem (Jude Law), hospedou-se no hotel do titulo, conhecendo o dono do mesmo (F. Murray Abraham). Este, por sua vez, narra suas aventuras quando era um simples mensageiro (Tony Revolori), acompanhando o concierge do hotel, monsieur Gustave (Ralph Fiennes).

Gustave é meticuloso e toma conta de cada aspecto do Hotel, sempre atento aos desejos dos clientes e a se os funcionários estão cumprindo suas tarefas com precisão. Além disso, Gustave costuma atender sexualmente suas hospedes, mulheres idosas, carentes e muito ricas. Uma dessas mulheres,  Madame D. (Tilda Swinton), deixa um valioso quadro para Gustave, após sua morte, o que  desperta a ira de seu filho (Adrian Brody). Assim, Gustave acaba acusado de matar a velha e perseguido por um assassino (Willem Dafoe), tudo isso, enquanto o país fictício no qual se passa a trama, é tomado por fascistas.


Dosando humor e drama de maneira sutil, como em seus trabalhos anteriores, Anderson se cerca de um grande elenco, muitos atores recorrentes em seus filmes, em participações divertidas. Vale destacar a engraçada performance de Ralph Fiennes e a dinâmica com seu companheiro de cena, o novato Tony Revolori.

A proposta de O Grande Hotel Budapeste é unir cinema e literatura, assim, o filme é dividido em capitulo e também ouvimos o narrador explicar: “ele disse”, “ele respondeu”, antes ou depois de outro personagem falar.


Também chama bastante a atenção a cenografia do filme, bem como a teatralidade das caracterização dos personagens. Cenários e figurinos possuem cores fortes e  a maioria dos personagens, uma linguagem corporal e/ ou maneira de falar pitorescas, como o andar com braços totalmente imóveis de Dafoe ou toda a polidez afetada de Fiennes. Tudo isso gera certa artificialidade, mas, ao mesmo tempo, é o charme e a graça do filme, que consegue ser cômico e melancólico, ao traçar um paralelo entre a decadência do hotel e a decadência de um modo de vida representado pelo próprio Monsieur Gustave e seus modos anacrônicos.


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DRI TINOCO

Apaixonada por música, cinema e gatinhos. 

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