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Cultura Pop A Rigor na Colab55

Review – Elle (2016)

Elle

Direção: Paul Verhoeven
Elenco:Isabelle Huppert, Laurent Lafitte, Anne Consigny, Charles Berling, Judith Magre, Christian Berkel, Jonas Bloquet, Virginie Efira
França/Alemanha, 2016



Dez anos depois de A Espiã (com Carice Van Houten, a Melisandre de GoT), finalmente um filme novo de Paul Verhoeven, um dos meus diretores favoritos e também um dos três realizadores das antigas que ainda continuam fazendo bonito (os outros são Cronenberg e Friedkin).

Isabelle Hupert é a protagonista de Elle. A atriz interpreta Michelle Leblanc, chefe de uma empresa que desenvolve videogames ultraviolentos, que é estuprada em sua casa por um misterioso mascarado. Por causa de um acontecimento funesto envolvendo seu pai no passado, ela decide não prestar queixa à polícia.



Enquanto enfrenta seus demônios, Michelle tem de lidar com um filho imbecil, a mãe prestes a casar com um gigolô, os jovens programadores da empresa, o amante, que é marido de sua melhor amiga, e um vizinho bonitão por quem sente atração. Falar mais sobre a trama, acabaria entrando na área dos spoilers.

Adianto que, apesar de ser mantida em segredo durante boa parte do filme, a identidade do estuprador não é a coisa mais importante do filme. Já vi gente dizendo que a identidade do sujeito é óbvia e por isso o filme não é isso tudo. É a mesma coisa que dizer que a identidade do assassino de heróis era o que importava em Watchmen (a HQ). Verhoeven na verdade faz filme de estudo de personagens travestido em filme de gênero. Elle não é thriller hollywoodiano pra passar no Supercine.



É ótimo constatar que o cineasta holandês ainda está em ótima forma com Elle. Aqui tem tanto as cenas impactantes, comuns em suas obras quanto o humor negro característico. O que mais aprecio em Verhoeven é que ele nunca entrega tudo mastigadinho. O público tem que captar suas ironias. O que muitas vezes não acontece. Daí chegam a conclusão que Showgirls é misógino ou que Tropas Estrelares é fascista, quando na verdade eles são sátiras a esses comportamentos e a sociedade. Não me surpreendo se Elle também for mal compreendido.

Por fim, o desempenho de Isabelle Huppert é excelente e merece todos os prêmios que vem recebendo. Espero que o Oscar não faça vergonha esquecendo de indicá-la na próxima edição.

5.0/5.0



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MARC TINOCO

Cinema, música, tokusatsu e assuntos aleatórios não necessariamente nessa ordem. 


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