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Cultura Pop A Rigor na Colab55

Review: True Detective – 1ª Temporada

Este é um guestpost do Rafael Castro Alves:

True Detectine

Criador: Nic Pizzolatto
Elenco: Matthew McConaughey, Woody Harrelson, Michelle Monaghan, Michael Potts, Tory Kittles e Alexandra Daddario
EUA, 2014

 

True Detective é uma série dramática exclusiva do canal fechado HBO, lançada em 2014 e criada por Nic Pizzolatto e dirigida por Cary Fukunaga. Em primeiro plano, a história acompanham dois detetives, Rust Cohle (Matthew McConaughey) e Martin (Woody Harrelson), que investigam, por 17 anos, um caso de homicídio com possíveis características ritualísticas, em Lousiana.
 
Com enredo, direção e atuações que beiram a perfeição, True Detective nos joga em situações que exigem a percepção e sensibilidade do telespectador, fazendo com que nós, à frente da TV, nos tornamos o terceiro detetive da história. 


 
Nada de explosões ou explicações em demasia para quem a assista consiga a mastigar melhor, a série se baseia em pura filosofia e seus eventos são densos e profundos. Com influência de autores e diretores como HP Lovecraft, Alfred Hitchock e David Fincher, a série é de um misticismo somado, de um jeito não paradoxal, ao realismo, nunca deixando finalizada as questões que se propõe a responder, mas mesmo assim, tendo seu arco fechado em seus oito episódios de uma hora cada (a segunda temporada, sendo exibida neste ano, 2015, mostra outros eventos e personagens).



 
A série é de uma linguagem e desenvolvimento de personagens espetaculares, tudo mostrado em tela esta ali por um motivo, uma poesia audivisual, desde um take aparentemente sem sentido de um reflexo de um lago (referência a Robert Chambers (Rei de Amarelo): "existem dois sóis gêmeos que afundam sobre o lago”, à uma arvore, e em toda maestria de produção da série, um take sem cortes de seis minutos numa cena de ação que deixaria os diretores de Hollywood babando.
 
Resumindo, nada de orgias visuais, fazendo uma analogia podre: True Detective é um caldeirão que demora pra esquentar, mas quando esta fervido, te queima com queimaduras de terceiro grau, dita como lenta a telespectadores que só sentam a bunda e babam em efeitos visuais, o programa, à quem aprecia a sétima arte, é muito bem vindo, nos contemplando com uma produção excepcional, cada episódio é um filme, e seu fim não finaliza as várias questões, referências e ideologias da qual a série busca lhe deixar.
 


Bajulamento necessário e merecido, à algo que não muito vemos na TV de hoje em dia, em que os que a assistem estão impacientes e cada vez menos críticos, aceitando remakes sem sentido em demasia e orgias visuais a lá o péssimo Jurassic World, True Detective nos da um rol de interpretações, sobrenaturais, humanistas e realistas, numa das estórias mais envolventes e prazerosas dos últimos anos.



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    Rafael Castro Alves, estudante e apaixonado por Cinema, amante dos livros e viciado em games. Revoltado por não ter descoberto um jeito de escapar da Matrix.

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